segunda-feira, 29 de junho de 2015

Riscos do álcool no verão


O calor do verão é propício para ingerir umas cervejas “além da conta”. Quem ler este artigo poderá concordar facilmente que esta é uma época em que a ingestão de álcool aumenta significativamente, e se não acontecer consigo, então é porque você é uma pessoa atenta à alteração dos padrões de consumos provocadas por factores externos e das suas consequências.

São várias as "desculpas" para beber mais álcool no verão:
  • O calor;
  • Os petiscos que apelam para consumir bebidas alcoólicas;
  • A disponibilidade é maior motivada por férias e dias mais “longos”;
  • O aumento da convivência com familiares e amigos;
  • As indústrias de bebida atacam com maior voracidade em todos os suportes comerciais possíveis e nos eventos para onde afluem as multidões;
  • As televisões divulgam mais as bebidas alcoólicas em forma de “evento noticioso”;
  • Os cibernautas partilham informação errada sobre as bebidas alcoólicas com mais leviandade na busca da bebida “mais saudável”, “mais refrescante” ou “mais popular”.

No verão a desidratação do organismo é maior. Perdemos mais líquidos através do suor e do cansaço de forma mais acentuada. Também, qualquer pessoa mais atenta reparará que no inverno a quantidade de bebida ingerida é menor que no verão, portanto, aumentar a dose de bebida alcoólica durante as refeições na estação quente potencia um risco que antes, provavelmente, não existia.

Por defeito, todo o consumo de bebida alcoólica fora das refeições é desadequado. Logo, insistir na opção “álcool” para repor as perdas de líquidos no organismo provoca uma agressão acrescida contra o mesmo. Todas as bebidas que contêm álcool têm um efeito diurético, e portanto, a perda de água e sais minerais será mais acentuada. Os indivíduos que insistem em repor estas perdas com mais bebida alcoólica colocam a sua própria saúde em risco, assim como a integridade física das pessoas que estão por perto.


Para combater a desidratação a opção certa é água natural pouco fresca. Às refeições as pessoas devem beber também outros líquidos sem álcool e não apenas cerveja ou vinho. Se ocorrerem diarreias ou vómitos suspenda imediatamente qualquer consumo de álcool.

É importante referir também que muitos afogamentos nas praias são causados pela ingestão de álcool pois os consumidores perdem parte da sua capacidade de avaliação dos riscos a que se soma também a perda parcial de reflexos. Os comportamentos sexuais de risco são também uma das consequências dos abusos de verão.

Falta ainda referir que o álcool é uma substância tóxica depressiva, logo, se o calor apela a uma “boa soneca” então não se atreva a ingerir álcool e depois disso levar a sua família para um passeio. Se beber, fique em casa.


Estas linhas de esclarecimento pretendem ser um alerta para as questões relacionadas com o consumo de álcool no verão e um contributo para desmentir a informação mal intencionada que prolifera nas redes sociais em dias quentes.

(A foto deste artigo foi extraída via google)

Samuel Dias

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